No Brasil, existem 90 milhões de hectares disponíveis para o plantio de oleaginosas, afirma Nivaldo Trama, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel (Abiodiesel). "Com uma ampla área sem invadir florestas e nem prejudicar a fauna local, clima favorável e mais de 40 tipos de oleaginosas, o País tem um poder de potencial inigualável."
No entanto, ressalta Trama, é muito oneroso o custo para esmagar as oleaginosas. "É preciso haver benefícios fiscais. Não há um amplo programa de incentivo do governo federal em parceria com os governos estaduais. Uma isonomia tributária para o Brasil inteiro e para qualquer oleaginosa seria um grande passo. Estados como Minas Gerais e Ceará oferecem auxilio à produção de óleos vegetais, mas as ações são isoladas e não propõem uma efetiva sustentabilidade a médio prazo".
O governo deve incentivar convênios de apoio e produção de oleaginosas não-alimentícias como o pinhão-manso, defende. Existe nas regiões Norte e Nordeste o selo combustível social, que isenta do pagamento de PIS/Pasep e Cofins os produtores de mamona e palma (óleo de dendê) que praticarem agricultura familiar. "O pinhão-manso é sucesso na Índia, no Oriente Médio, em Israel (onde praticamente não chove) e na África. Tem um teor de óleo de 48%, ante 18% da soja, e é extremamente produtivo, rende 4,5 toneladas por hectare. Sem contar que dura cerca de 50 anos. Os ingleses investem em plantações dessa espécie na Índia e na África, já que na Europa seu plantio é inviável por ser frio a maior parte do ano".
"Estamos entrando no prenúncio da biomassa, que é uma perspectiva de sustentabilidade em um futuro próximo. Não é porque entra a biomassa que acabam o carvão e o petróleo. É apenas uma mudança natural em busca de novas energias", conclui.
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