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Brasil pode ter até 17 mil refugiados colombianos, diz ONU

21 Jun 2007 - 04h11

O número de refugiados colombianos no Brasil poderia chegar a 17 mil, segundo a agência da ONU responsável por cuidar do tema.

As estimativas do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) são 37 vezes mais altas que o número de colombianos vivendo no Brasil oficialmente como refugiados --452.

O Conselho Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, atesta que o número de pedidos de refúgio por parte de colombianos tem aumentado no Brasil, apesar de uma queda no ano passado.

Em 2006, os pedidos totalizaram 118. No ano anterior, haviam sido 172. Em 2005, 98, e em 2004, 41.

Criado em 1998, o Conselho iniciou suas atividades em 1999. Naquele ano, apenas dois pedidos de refúgio foram protocolados.

Dia Mundial

Os dados devem vir a público nesta quarta-feira, quando o Acnur realiza em São Paulo uma coletiva para marcar o Dia Mundial do Refugiado.

Hoje, o Brasil tem apenas cerca de 3.400 refugiados, provenientes sobretudo de países africanos, de acordo com um relatório divulgado pelo comissariado em Londres.

No entanto, o porta-voz do Acnur em Genebra, William Spindler, diz que o número poderia ser maior se os colombianos que cruzam a fronteira fugindo do conflito em seu país entrassem com pedido formal.

"Hoje, essas pessoas são consideradas em situação de necessidade internacional. Não sabemos ao certo se deixaram seu país por razões políticas, econômicas, ou quaisquer outras razões", ele ressalva.

"Mas achamos que a razão foi a violência na Colômbia, e que elas poderiam obter o status de refugiados se formalizassem o pedido."

Os números revelam que a situação na fronteira entre Brasil e Colômbia espelha uma realidade mais ampla.

No total, os colombianos classificados como refugiados saltaram de 1.900 em 1995 para 47 mil em 2004, de acordo com o relatório do Acnur.

Entretanto, o mesmo organismo estima que pelo menos 250 mil colombianos tenham cruzado a fronteira para o Equador, além de outros 100 mil que se dirigiram à Venezuela.

Pressão social

William Spindler diz que muitos migrantes são de tribos indígenas que, ao deixar sua terra natal, acabam perdendo parte de sua linguagem, cultura e identidade, normalmente atreladas à terra nativa.

Por outro lado, a sua chegada a cidades de fronteira --normalmente menos desenvolvidas, onde a infra-estrutura e a oferta de serviços públicos são precárias-- gera o que ele chama de "pressão social" nas comunidades.

"Quem recebe essas populações que chegam necessitando de trabalho, de comida, de teto, são aquelas comunidades mais pobres, menos desenvolvidas", diz ele.

"Por isso, tentamos ajudar a essas comunidades com projetos que atendam não apenas aos imigrantes, mas a todos."

"Se toda a comunidade se beneficia de projetos na área de educação e de saúde, por exemplo, continua aberta aos futuros imigrantes."

Ainda segundo a Acnur, a Colômbia é o país do mundo com maior número de "deslocados internos", ou seja, refugiados em seu próprio país.

Em 2004, estima-se que 2 milhões de colombianos haviam deixado suas casas para escapar da violência.

 

 

Folha Online

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