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Brasil espera resolver na próxima semana mal com a Argentina

8 Jul 2004 - 16h05
O Brasil espera resolver na próxima semana o mal estar diplomático criado com a decisão da Argentina de impor restrições à importação de eletrodomésticos brasileiros, às vésperas da reunião de cúpula do Mercosul. Segundo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, as restrições argentinas só entrarão em vigor depois que forem regulamentadas pelo país – o que ainda não ocorreu.

Como na próxima semana representantes dos governos brasileiro, argentino e dos produtores de eletrodomésticos ser reúnem em Buenos Aires para discutir o tema, o ministro disse que está otimista e espera que os argentinos desistam de regulamentar as restrições. “A partir desse encontro, o governo argentino vai avaliar se a regulamentação será necessária”, ressaltou Furlan.

Segundo o ministro, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, manifestou a disposição de negociar com o governo brasileiro pontos pendentes no comércio entre os dois países. Em duas semanas, será marcada nova reunião de brasileiros e argentinos para que cada um apresente as suas aspirações no campo comercial, em busca de convergências. “O governo argentino apresentaria ao Brasil os pontos relevantes de desenvolvimento e, a partir daí, vamos buscar pontos em comum”, disse Furlan.

A idéia, segundo o ministro, é evitar conflitos comerciais e buscar soluções amigáveis para os impasses. “Temos que olhar globalmente o Mercosul, e não ficar esgrimindo questões pontuais”, defendeu Furlan. Segundo ele, a Argentina sentiu que precisa renovar o seu parque industrial, porque o país está crescendo e o mesmo ocorre no Brasil – daí a decisão do país vizinho de limitar as importações brasileiras.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, endossou as palavras de Furlan. Para ele, quando há crescimento econômico, há retomada de atividades produtivas, e é natural que ocorram disputas comerciais. “É importante que haja diálogo entre os governos. Essas polêmicas não são impeditivas da construção de uma ampla negociação”, disse. Furlan destacou que o governo brasileiro não está tratando com “emocionalidade” a disputa comercial com a Argentina. “A discussão emocional é sempre muito passional”, disse.

Palocci e Furlan se reuniram durante boa parte da manhã de hoje com o ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, quando apresentaram números sobre a exportação brasileira de eletrodomésticos para os argentinos nos últimos meses. Segundo Furlan, as exportações brasileiras de eletrodomésticos para aquele país ocorreram dentro da normalidade.

Sobre a ameaça divulgada ontem pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchener, de impor restrições a mais produtos brasileiros, especialmente no setor têxtil, Palocci recorreu ao Velho Testamento para definir seu ponto de vista. “Cada dia com a sua agonia”, ironizou. Na opinião de Palocci, ainda é cedo para discutir um tema que sequer foi apresentado.

Já o ministro Furlan disse que seria um “balde de água fria” se os argentinos decidirem limitar as importações de produtos têxteis brasileiros. “O setor têxtil passou há meses por um amplo processo de negociação. Se os dois países não honrarem os compromissos firmados nas negociações, seria um balde de água fria para nós, brasileiros”, admitiu.
 
 
 
Agência Brasil

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