O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite, mas as taxas de exportação do produto são baixas, uma vez que a qualidade da produção não atinge padrões exigidos por países europeus e pelos Estados Unidos, por exemplo.
De acordo com o imunologista veterinário Adil Knackfuss Vaz, a alternativa do pagamento por produtos melhores já vem sendo implementada e é positiva tanto para as indústrias, que passam a adquirir leite de maior qualidade, quanto para os produtores, que são estimulados a aperfeiçoar o processo de produção. Adil garante que o leite brasileiro é seguro para o consumo. O problema, segundo ele, são os níveis de bactéria que não satisfazem os padrões internacionais de qualidade. “Os pequenos produtores, quando bem treinados, conseguem produzir leite de qualidade. Falta capacitação e conscientização”, avaliou. O professor explicou que o Ministério da Agricultura e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já realizam capacitações de produtores brasileiros, mas em número insuficiente. “É preciso que as indústrias digam quais são as prioridades. Isso vai estimular o produtor a se capacitar porque ele vai ver que o vizinho está ganhando mais por produzir leite de maior qualidade”, concluiu.
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