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Alunos de rede municipal na Bahia têm aulas em espaço improvisado onde funciona açougue: 'Mau cheiro

São 35 estudantes entre 8 e 13 anos de idade, que foram transferidos para o local após a escola se transformar em uma creche. Situação ocorre há 4 meses.

22 Set 2017 - 08h08Por G1

Alunos entre 8 e 13 anos de idade têm aulas em salas improvisadas onde, aos domingos, funciona um açougue. A situação acontece na cidade de Antônio Cardoso, região de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.

São 35 estudantes, filhos de lavradores da zona rural do município. As aulas acontecem pela manhã e à tarde, há quase quatro meses. Os alunos precisaram ir para a sala de aula improvisada depois que a antiga escola que funcionava do outro lado da rua se transformou em uma creche.

A rede municipal tem, ao todo, 2.580 alunos e apenas 26 salas de aula. A secretaria de Educação disse que a escola está funcionando no açougue provisoriamente até encontrar um imóvel no distrito para alugar, e que já existe projeto de reforma e construção de novas escolas em Antônio Cardoso.

Por causa disso, a prefeitura transferiu os alunos do ensino fundamental para o prédio onde funciona um açougue. Os meninos e meninas estudam em situação precária em meio a freezer, ganchos e engradados de bebida. As crianças reclamam do cheiro de carne e alguns chegam até a passar mal. "Esse mau cheiro não deixa ninguém estudar direito", disse Kleber Souza, de 8 anos.

O local é muito pequeno e desconfortável. Não há ventiladores e parte do teto está com telhas quebradas. A instalação elétrica também apresenta problemas e o quadro usado pela professora é pendurado na janela do açougue por falta de espaço.

Enquanto não há resolução para o problema, os alunos continuam estudando no açougue onde não há nem banheiro. Os estudantes utilizam o banheiro público próximo e que está sem água encanada, com vasos e torneiras quebradas. "Quando a gente vai ao banheiro, fica tudo sujo, tudo fedendo [sic], com bactéria. Aí a gente fica com medo de pegar uma", disse a aluna Raquely Almeida, de 8 anos.

“Outro dia eu cheguei aqui mesmo e tinha uma carne pendurada parecendo carniça. Desde quando nossos filhos estudam, a gente tem direito de correr atrás do melhor para os nossos filhos sim”, reclama Gessiene Barbosa, mãe de um dos alunos.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Cleves Serra, a situação será resolvida em até 10 dias. "No máximo em até 10 dias aquela situação será sanada", conclui.

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