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Alta no preço do botijão faz pobres trocarem gás por lenha: "Fogão faz falta"...

Famílias pobres de Maceió estão cozinhando com lenha ao invés de gás de cozinha, que chega a custar até R$ 80,00 o botijão, ou metade da renda mensal.

18 Nov 2017 - 16h25Por Brasil 247

Famílias das comunidades pobres de Maceió (AL) estão cozinhando com lenha ao invés de gás de cozinha, por causa do aumento dos preços deste último, que pode custar até R$ 80,00, segundo notícia do Uol publicada ontem (16). A compra de um único botijão consumiria metade da renda mensal dessas famílias. Desde junho de 2017, a Petrobras reajustou o preço do gás sete vezes, seis destas sete para cima, o que equivale a um aumento de 54% dos preços das embalagens de até 13 quilos, ou quase 70% desde o começo do ano.

Para o consumidor final, o aumento do preço do gás de cozinha em 2017 foi de 11%, ou quase quatro vezes a inflação. O reajuste do gás de cozinha soma-se ao dos combustíveis e o da conta de luz, ou seja, a todo um pacote de tarifaços através dos quais o Estado dos capitalistas cobra dos trabalhadores e do povo o pagamento da crise que os próprios capitalistas criaram, enquanto continuam tendo isenções e nossos direitos são recortados para pagar uma fraudulenta “dívida” pública.

Com o aumento de 4,5% no botijão de 13 kg ocorrido no último dia 4, o reajuste acumulado desde junho, quando a Petrobras mudou a política de preços do gás, é de 54%  A favela Sururu de Capote reúne pescadores às margens da lagoa Mundaú e é marcada pela miséria: sem esgoto, com energia elétrica improvisada e barracos normalmente feitos de papelão, madeira ou lona. Poucas moradias são de tijolos, pois a área é invadida.

Por conta da alta nos preços, dezenas de famílias hoje catam madeira para usar como lenha. "É difícil demais, um sofrimento grande. Um fogão faz falta", diz Maria Lúcia. Até o meio do ano, a família conseguia comprar um botijão a cada três meses pelo menos. O fogo a lenha era usado, mas apenas quando o botijão acabava e o dinheiro estava curto.

Para muitas pessoas dessa comunidade, um botijão representa metade da renda - cerca de R$ 150 per capita. "Eu uso o fogão só para esquentar uma coisa, cozinhar algo rápido. Para fazer feijão, coisa que demora mais, já estou usado lenha. E não vou conseguir comprar mais botijão daqui para a frente", conta a beneficiária do Bolsa Família, que recebe R$ 164 por mês e mora na favela com as duas netas.

O Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) disse que não iria dar entrevistas sobre reajuste de preço nem sobre uso de lenha causado pela alta dos preços. Segundo a entidade, existem hoje 99 milhões de botijões em circulação em todo o país. Por dia 1,5 milhão de botijões são adquiridos pelos consumidores.

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