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Agressividade vem da falta da família, diz psicóloga

9 Nov 2004 - 09h15
As disfunções familiares, aliadas aos maus tratos da infância, que incluem todo tipo de violência e desprezo por parte dos responsáveis e a falta de princípios religiosos forma um conjunto de fatores que culminam com o consumo de drogas e consequentemente a prática do ilícito, por parte de quase todos os menores que são internados na UNEI. A informação é da psicóloga Silvia Mara Pagliuso, que há quatro anos faz um trabalho de reabilitação com os adolescentes.
Durante o período em que estão internados eles ficam longe das drogas. A abstinência dura em média seis meses, tempo máximo que eles permanecem na instituição. Mas quando saem não se têm uma garantia de continuidade desta distância da dependência química. "Infelizmente, quando saem daqui eles retornam ao mesmo convívio, se encontram com os mesmos amigos e voltam para o mesmo ambiente que ocasionou uma série de problemas que culminaram com a internação", disse a psicóloga.
Segundo ela, em praticamente todos os casos os menores sofreram todo tipo de violência em casa, inclusive sexual. Estes traumas fazem com que eles queiram inverter a situação, quando acabam cometendo o mesmo tipo de violência que passaram. "Essa violência, a agressão que praticam, tem relação com situação vivida por eles, e o curioso é que os pais deles também passaram por isso, ou seja; vai de geração em geração.
FAMÍLIA
A chamada disfunção familiar é fator preponderante para desencadear comportamentos agressivos. Praticamente todos os adolescentes vêm de uma família desestruturada. Quase todos que passaram ou passam pela instituição, não tiveram a oportunidade nem mesmo de conhecer o pai biológico.
O difícil relacionamento com padrastos, geram conflitos constantes, tanto pela incompatibilidade, como os problemas sociais que afetam a família. "Neste meio o álcool e as drogas estão sempre presentes; eles crescem assistindo isto e passam a usar o entorpecente em função do meio em que vivem", afirma.
Ela lamenta a falta de um programa em Dourados que dê continuidade ao trabalho que é desenvolvido com os adolescentes na UNEI. "Não existe no município um programa específico para o adolescente que o mantenha longe das drogas e no caminho da reabilitação; nós temos conseguido alguns resgates, mas poderíamos alcançar muito mais", afirma a psicóloga.
Os valores repassados durante a infância torna-se um agravante para a formação destes seres humanos. A psicóloga conta o exemplo de um menino que cometeu um homicídio e o pai, ao invés de corrigi-lo, o parabenizou. Tudo porque o pai ensinou na infância ao filho, que "em cara de homem não se bate". Após o homicídio o adolescente continuou praticando infrações e se envolvendo com criminosos, até que foi assassinado. "O pai deveria educar mais com suas atitudes do que com as palavras; se tivesse agido assim, com certeza o menino não teria este fim trágico, o pai é o primeiro exemplo que o filho procura; é a primeira figura que ele tenta imitar na vida", encerrou Silvia Mara.
 
 
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